sábado, 3 de outubro de 2020

A Igreja e o COVID-19

O ano de 2020 ficará marcado como o ano em que o mundo foi surpreendido por um vírus, o Coronavírus, que provocou muitas perdas e dores. A geração atual, como um todo não havia enfrentado um desafio de tal monta. Mas aqui quero pontuar o como parte da igreja tem lidado com a questão.

Somos chamados a amar o próximo, e isto implica na responsabilidade para com o próximo. Temos de fato tido comportamentos responsáveis durante a pandemia para com o próximo?

Somos chamados a chorar com os que choram. Neste quesito temos tido o sentimento de misericórdia e compaixão, em relação aos entes queridos dos mais de um milhão de mortos (até 03/10/2020)?

Somos chamados a interceder em oração. Temos nos posicionados como intercessores pelos infectados, quarentenados e internados? Em nossas orações temos pedido pelos profissionais de saúde e pela comunidade científica?

Pois bem, com base na observação, infelizmente é notório que temos para uma significativa parcela dos cristãos, o NÃO como resposta para algumas ou todas perguntas acima. E talvez outras perguntas pertinentes à questão em tela, também teriam uma negativa como resposta.

Precisamos refletir, avaliar, quais são as verdadeiras motivações das nossas atitudes como cristãos. Que atitudes? Posso citar: reabrir templos, manifestações nas redes sociais, orações etc. É preciso muito cuidado nesta hora, pois podemos ter atos religiosos, que tem como única motivação: manutenção da receita financeira, alimentação do nosso ego, construção de autoimagem, dentre outros.

Por fim, mais uma pergunta: você acredita, que suas atitudes e escolhas diante da pandemia, estão alinhadas com o caráter de Jesus?

A fé nunca deve dispensar o nosso senso de realidade.

Em Cristo, Altamir Uelington.


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sábado, 28 de outubro de 2017


Reforma Protestante: 500 anos depois.

 
No dia 31 de outubro de 2017, vamos comemorar ou já teremos comemorado (a depender de quando você está lendo este texto), os 500 anos da Reforma Protestante.

 Este foi um evento que teve início na Europa e ali reverberou. Mas o seus impactos chegaram ao mundo inteiro e ecoa até os dias atuais.

A Reforma foi e é criticada, por supostamente ter dividido a cristantade. Mas fato é, que antes mesmo da Reforma, se via dentro da Igreja, movimentos de crítica ao aspecto opulento da igreja. Atribui-se a Tomás de Aquino, um episódio onde ele teria ido visitar Roma e um cardeal lhe disse, “olha agora o Papa não pode dizer não tenho prata e nem ouro”, obviamente fazendo referência a Pedro, no episódio de Atos 3. Mas Tomás de Aquino disse, “verdade a igreja não pode dizer que não tem prata ou ouro, mas também não pode dizer  levanta e anda.”

Um dos pontos chaves da Reforma foi o resgate de princípios bíblicos. Mas após 500 anos, muitos dizem que precisamos de uma outra Reforma. Todavia, um dos lemas da Reforma é “Ecclesia Reformata et Semper Reformanda est”, que significa “Igreja Reformada está Sempre se Reformando”.  Contudo , devemos ter em mente que este lema é no sentido de exatamente  se ter uma busca contínua de retorno às Escrituras. E não de mudança simplesmente.

Mas o que acontece  (ainda) na igreja nos dias atuais que levam algumas pessoas a pensarem que precisamos de uma outra Reforma? São as angústias em relação à Igreja comuns às duas épocas:
 
  • Posturas inadequadas das igrejas;
  • Desconexões com o Evangelho
  • Disfunções teológicas
  • Atuação diminuta diante da injustiça social
  • Distorções doutrinárias

Há tanto percepção como constatação por parte de muitos que muita coisa não vai bem na igreja. É inegável que boa parte da Igreja está distanciada da fidelidade à Bíblia.
O discurso é de que a Biblia é sua única regra de fé, mas a sua prática não é essa. Existe um sério problema de incoerência entre discurso e prática. A experiência e o pragmatismo permeia com facilidade na prática da cristandade.
Mas do que falar de Deus, a igreja precisa conhecer a Deus.

“O Cristianismo não é uma tese para ser defendida. É a expressão do que somos e do que fazemos. A melhor defesa é a coerência.” Burjack

“A melhor forma de celebrarmos a Reforma é nos reformarmos através da Palavra de Deus.” Jorge Noda
A questão fundamental não é uma outra Reforma, mas que a igreja cristã garanta uma máxima aderência às Escrituras,recuperando assim o que se perdeu da sua fidelidade ao original.  

Com lágrimas nos olhos, Altamir Uelington.

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domingo, 8 de maio de 2016

Trindade: um breve comentário



A Doutrina da Trindade é questão específica do cristianismo.

A Bíblia indica esse modo trino de ser de Deus. Onde fica evidente que Deus se manifesta em três pessoas, portanto não são três deuses.  Desta forma o conceito do monoteísmo não é transgredido.

Podemos dizer que o Filho é Deus, que o Pai é Deus e que o Espírito é Deus. Contudo, o Pai não é o Filho, o Filho não é o Espírito, o Espírito não é o Pai e vice-versa. A figura abaixo pode facilitar este entendimento.


















A Bíblia nos apresenta um Deus que precisa ser compreendido de forma trinitária, como diz Alister McGrath. Três pessoas divinas, distintas, eternas e iguais subsistindo numa só essência.


Fonte: aulas da UNIGRAN e Arquivo pessoal.











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