sábado, 28 de novembro de 2009

A droga é uma “droga”.



A cada dia temos mais evidências de que o problema das drogas é grave. Muitos jovens estão se tornando dependentes de um negócio que movimenta cerca de 3 a 5% do PIB mundial, segundo estimativas da ONU.



Pesquisas mostram que o consumo de heroína e cocaína diminuiu. Porém, a sociedade terá que enfrentar um novo problema: o crescimento do consumo de drogas sintéticas, como o nexus e o flat-liner, substitutos da cocaína usados na Europa. O pior que a fabricação destes tipos de droga é simples, onde muitas vezes basta o acréscimo de algumas moléculas para se obter uma nova 'droga de embalo'.

O psiquiatra e coordenador geral do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas do Hospital das Clínicas, Arthur Guerra Andrade, mostrou os resultados da pesquisa realizada entre estudantes da Universidade de São Paulo de 1997 até hoje (disponível no site: www.usp.br/medicina/grea). Guerra Andrade disse que o consumo de maconha entre os estudantes cresceu de 19% para 25% nos últimos cinco anos, apesar das campanhas realizadas na universidade. Os dados da pesquisa mostraram a relação entre o consumo excessivo de álcool e o uso de drogas.

A mesma tendência foi apontada pelo delegado do Denarc Alberto Oliveira. Ele citou uma pesquisa realizada pelo próprio órgão, mostrando que o jovem consumidor de álcool tem 60% mais chance de se tornar um dependente de drogas. "40% dos homicídios acontecem no trajeto boteco-casa ou casa-boteco", afirma o delegado. E conclui: "Para mim, o álcool é a pior droga. Ou melhor, a segunda. A pior é a falta de valores e exemplos dos pais”.

O delegado apresentou três propostas para a diminuição do consumo de drogas: a inclusão de matérias sobre prevenção no currículo escolar; a proibição da publicidade que enalteça o cigarro e as bebidas alcoólicas; e o encaminhamento de usuários e menores de 18 anos para clínicas ou grupos de ajuda ao dependente.

Léo Oliveira, diretor da Comunidade Terapêutica Horto de Deus, destacou o papel da permissividade da família: "O jovem chega bêbado em casa e o pai acha bonito. Drogado não, mas bêbado pode”.

Por outro lado, é preciso uma profunda reflexão sobre a questão, pois alguns elementos da sociedade, como parte da mídia, alguns artistas e outros, tentam minimizar o grave problema.
Na minha opnião, este é mais um problema que precisar ser encarado com urgência e seriedade por governos, ONGs, igrejas e sociedade.

É uma questão para ser tratada com muito mais profundidade, só assim teremos resultados eficientes e duradouros.
É preciso trabalhar antes de mais nada no lar, através do dialogo entre pais e filhos.

Sabemos que o tráfico de drogas é a mola mestra da violência. E uma forma de combater o problema é conscientizar os usuários de drogas, quanto ao abismo que ele constrói para a sociedade e para ele mesmo.

Hoje em dia a droga virou um sinal de revolta contra o sistema e de fuga pra os problemas da vida. Porém esta revolta e fuga através das drogas, só afundam a vida do usuário.

A sociedade precisar reagir frente tal problema, enquanto há tempo ....

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