sábado, 22 de maio de 2010

Trabalhador dá 148 dias do ano para pagar impostos.





Quase cinco meses, exatos 148 dias. Esse é o tempo que o brasileiro precisa trabalhar durante o ano para cumprir com suas obrigações tributárias. Assim sendo, até a próxima sext-feira, dia 28, o que o contribuinte ganhar por atividade profissional corresponderá ao que repassa em impostos aos governos municipais, estaduais e federal.

A medição é feita pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). Em âmbito mundial, o Brasil é o terceiro onde mais se trabalha para pagar impostos. Os campeões são Suécia e França. Os nórdicos trabalham 185 dias para pagar impostos e os franceses, 149 dias.

Desde a década de 70, esse número vem aumentando no Brasil. Hoje, se trabalha o dobro daquela época para a mesma finalidade.

No ano passado, houve uma redução na carga tributária graças ao incentivo do governo, como a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), e a crise internacional, que afetou o ritmo da arrecadação. Mesmo assim, a expansão pode ser observada pelos dados dos últimos anos.

Em 2003, o brasileiro comprometia 36,98% do seu rendimento bruto com impostos. Em 2004, eram 37,81%; em 2005, 38,35%; em 2006, 39,72%; em 2007, 40,01%; em 2008, 40,51%; e em 2009, 40,15% de todo rendimento.

Pela contrapartida oferecida à sociedade (segurança, saúde, educação,etc), pagamos muito impostos. A sociedade precisa cobrar aos políticos, a tão prometida reforma tributária.


Um comentário:

FILOSOFIA E TECNOLOGIA disse...

Na Suécia se paga muito imposto, porque o governo dáacontrapartida, oferecendo um sistema de saúde público de primeiro mundo. O mesmo ocorre com educação e com outras obrigações do Governo. A Suécia é um país socialista democrático que para mim é o regime perfeito. Já o Brasil cobra muito imposto e não dá a contrapartida. Se alguém que ter SAÚDE e EDUCAÇÃO de qualidade tem que pagar planos particulares que ainda por cima pagam impostos ao governo. Visto por essa perspectiva, o Brasil é campeão na usura e na exploração do cidadão. Isso é um entrave para o desenvolvimento, porque com o consequente achatamento do poder aquisitivo do povo, há um freio no consumo e não havendo consumo não há produção, e por conseqüência, não há emprego. Nos EEUU quando sequer impulsionar a economia, reduz-se impostos.

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