quarta-feira, 23 de junho de 2010

Liderança se aprende ?



Jamais foi possível responder a essa questão de maneira tão inequívoca como agora. Graças a estudos neurológicos recentes, é possível afirmar que, sim, as pessoas aprendem a liderar.

Cientistas descobriram que uma substância chamada mielina, quando se acumula em forma de uma camada que isola circuitos nervosos no cérebro, facilita o desempenho de atividades como liderar uma equipe ou falar em público. Quanto mais experiência e proficiência o líder adquire, mais mielina é acumulada em seu cérebro, e melhor profissional ele se torna. É um ciclo virtuoso. A mielina é a prova científica.

“A descoberta é considerada o Santo Graal da aquisição de capacidades pelo cérebro”, escreveu, na revista Forbes, Sangeeth Varghese, especialista em liderança da Índia. Fazendo uma comparação grosseira com a fiação elétrica de uma casa, a mielina seria como uma capa isolante. O isolamento que ela proporciona às células nervosas permite a melhor condução de impulsos elétricos. Ela, basicamente, evita “curtos-circuitos”. E quanto mais grossa a camada de mielina, mais isolamento ela provê, e mais seguros se tornam os nossos pensamentos e movimentos.

A descoberta e suas consequências são muito bem exploradas no livro O Código do Talento, de autoria de Daniel Coyle. No livro, Coyle afirma que aprender a liderar uma equipe é como aprender a tocar piano clássico ou a jogar futebol. Durante o aprendizado, os centros nervosos emitem impulsos elétricos. Os sinais cognitivos “viajam” pelos circuitos do cérebro em direção ao resto do corpo. Quando executamos uma tarefa – como dar uma palestra diante de uma plateia lotada – o sistema de produção de mielina responde aumentando a proteção isolante em torno das células nervosas ativadas durante a tarefa. Isso serve tanto para o estudante de MBA quanto para o aprendiz de violino ou de ginástica olímpica.

Segundo Coyle, três processos diferentes potencializam o aumento da camada de mielina. Um deles é o que ele chama de “ignição”. Ocorre no momento em que começamos a prender algo, quando muitas vezes os níveis de mielina ainda são baixos. Nem todo mundo possui força de vontade inicial para vencer uma longa curva de aprendizado. O segredo para superar a inércia? “Busque um modelo a imitar”, diz Coyle. Se você quer se tornar tão bom quanto o diretor de planejamento estratégico da empresa para qual trabalha, imite-o. Faça dele o seu mentor. Coyle diz que a imitação de um modelo faz aumentar a camada de mielina.

Outro processo que aumenta a mielina é o do “treinamento intensivo”. O autor usa o Brasil e o futebol para ilustrar sua afirmação. Para Coyle, um dos motivos dos brasileiros terem desenvolvido grande habilidade no jogo se deve ao fato do futsal ser extremamente popular no país. Jogar em espaços menores e com uma bola mais pesada teria dado aos jogadores do país incontáveis horas de prática no controle de bola que a maioria dos jogadores de outros países nunca teve. Coyle diz também que o cérebro aprende melhor quando tem de se esforçar. Ele cita o exemplo da pessoa que, durante um coquetel, não consegue lembrar-se do nome do seu interlocutor. As chances de fixar os nomes são maiores quando se ele conseguir puxá-lo com esforço da memória, em vez de alguém cochichá-lo em seu ouvido.

Além do esforço da imitação, ter um treinador competente também tem efeito positivo sobre a produção de mielina. Segundo Coyle, o papel do treinador é 10% elogio, 10% crítica e 80% transferência de conhecimento. É uma dinâmica que ativa o cérebro. “Apertando os ‘botões certos’, o treinador ativa esse processo cerebral”, diz o autor. Isso resulta, novamente, no aumento da produção da produção de mielina.

Embora as dicas dadas por Coyle não sejam exatamente novas e já tenham sido apresentadas e verificadas na prática por outros estudiosos, a diferença é que ele se baseia em dados fisiológicos, que mostram alterações concretas na estrutura cerebral. Seu livro reafirma ainda a tese daqueles que acreditam que todos podemos aprender e nos transformar, dependendo do investimento e esforço que fizermos. Afinal, como diz Coyle, ninguém nasce pronto.


Leia Mais…

domingo, 6 de junho de 2010

Editoras se unem e criam distribuidora de livros digitais.


Empresa espera chegar a 2011 com faturamento de R$ 12 milhões e mais de 10 mil títulos disponíveis .

A expectativa da revolução editorial trazida pelos livros digitais fez um grupo de seis editoras se movimentar para entrar de vez nesse mercado.


Objetiva, Record, Sextante, Intrínseca, Rocco e Planeta criaram em parceria uma empresa de distribuição de e-books que espera faturar até o fim de 2011 cerca R$ 12 milhões. As negociações que culminaram com a criação da Distribuidora de Livros Digitais (DLD) começaram no fim do ano passado.

A nova empresa funcionará como uma plataforma que vai estocar de forma digital os livros das editoras clientes. "Quando um leitor adquirir um livro numa livraria digital, ele vai receber um link para baixar diretamente da plataforma. Isso será feito de tal maneira que nem a plataforma terá acesso aos dados de identificação desse leitor, nem a livraria ao conteúdo do livro", explica Sérgio Machado, da Record.

A empresa não vai vender para o consumidor final. Os e-books serão comercializados inicialmente para livrarias que têm loja fixa, como Cultura e Saraiva e, depois, vendidos para as virtuais, como Gato Sabido, Amazon e Apple.

A meta da distribuidora é oferecer até o fim de 2010 pelo menos 500 títulos digitais.


A partir do ano que vem, a empresa pretende incluir mensalmente uma média de 300 títulos ao acervo. Qualquer editora pode se tornar cliente da DLD. Algumas já estão confirmadas, como a Bertrand, Bestseller, José Olympio, Prumo e Verus, além das editoras que integram a sociedade.


"A DLD é apenas uma distribuidora, como tantas que existem hoje trabalhando com livros impressos", diz Roberto Feith, da Objetiva. A empresa, segundo ele, vai oferecer serviços de hospedagem e logística virtual, além de garantir a "proteção contra a pirataria" e a " integridade do processo para toda a cadeia".

Embora cada editora tenha o direito de determinar o preço da edição digital, os sócios da DLD estimam uma redução de até 30% no valor do e-book em comparação com a edição de papel.

Para definir o tamanho do mercado que vão abocanhar nos próximos anos, as editoras que fundaram a nova distribuidora de livros digitais tomaram como ponto de partida os dados do Sindicato Nacional dos Editores de Livros e da Câmara Brasileira do Livro, além de pesquisas internacionais. No Brasil, a informação mais recente é de 2008, quando as editoras de obras gerais venderam 63,5 milhões de exemplares. A empresa calcula que pelo menos 10% desse total migre para e-books.


"Nos Estados Unidos existem profissionais que acreditam que no final de 2012 25% dos livros serão consumidos em formato digital", diz Feith.

Outra expectativa da DLD é que até o fim do próximo ano 150 mil e-readers estejam disponíveis no Brasil. A previsão é de que esse mês a Apple comece a vender sua criação, o iPad, oficialmente no Brasil.


Leia Mais…

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Dirija ou fale ao celular !




A Universidade de Toronto – Departament of Medicine and of Health Administration, realizou um estudo onde foram avaliados motoristas que possuíam telefones celulares e sua possível relação com um maior risco de acidentes.Os achados da pesquisa levaram à descoberta de um risco 4 vezes maior de colisões automobilísticas quando em uso de telefones celulares pelos motoristas. Assim, conversar nos celulares é muito mais arriscado do que escutar o rádio e conversar com outros passageiros por exemplo.




Todas as pessoas entrevistadas possuíam telefones celulares, tinham participado de uma colisão e disponibilizaram suas contas telefônicas para serem estudadas. Várias pessoas desconfiadas ficaram relutantes em entregar suas contas prévias e foram excluídas da pesquisa. Essas exclusões podem diminuir a magnitude do risco calculado: telefones celulares X acidentes de trânsito. Outro fator que pode ter diminuído o risco encontrado no estudo é o fato de que a maioria das pessoas conversa no telefone enquanto dirigem em situações não estressantes.

A propósito, quando o trânsito ou as condições climáticas ou outras condições diminuem a segurança do motorista, ele provavelmente irá evitar falar ao telefone. Assim, os possíveis acidentes frutos da utilização do telefone celular nessas situações tendem a ser menos comuns e por isso, não presentes no estudo em questão, o que pode falsear o risco total de colisão.

A própria consciência individual do motorista poderia ser considerada um fator atenuante do risco de colisão. Assim, caso uma pessoa considere-se mais superior e menos sujeita a acidentes de trânsito, o fato de fazer ligações não afetaria em nada seu risco. Entretanto, milhares de acidentes acontecem como surpresas das mais inesperadas principalmente em quem é atingido, independente de ser o motorista bom ou não.

A opinião da população com relação à criação de regulamentações mais rígidas sobre o uso de celulares poderia ser enriquecida através da conscientização do número de vítimas fatais dos acidentes de trânsito, além de outros inconvenientes quaisquer que podem ocorrer tanto para quem participou do acidente quanto para quem esteve prejudicado temporariamente por ele.Resultados encontradosOs achados do estudo permitiram certificar que o risco de acidentes devido aos celulares é algo real e sério. O risco foi o mesmo durante o dia ou à noite, diminuindo o fator de confusão relacionado com o alcoolismo ou outras condições que atrapalhassem o condutor.

O risco foi também o mesmo no inverno e no verão, sugerindo que o risco está presente nas diversas condições das vias de tráfico. O risco foi o mesmo para chamadas recebidas e chamadas realizadas, sugerindo que o ato de discar não parece ser um fator principal contribuinte. Houve um maior risco para chamadas durante altas velocidades do que em baixas velocidades. Apesar desse estudo não ter trabalhado com acidentes com vítimas, outros estudos já associaram os telefones celulares com acidentes fatais.

Diante desses achados tem-se duas opções: educar ou restringir. O fato de que vários acidentes são causados por motoristas com anos de experiência em celulares parece forçar a solução para um processo de legislação regulamentadora e restritiva.

O processo de educação pode estar inviabilizado devido ao extenso marketing realizado pelas empresas de telefonia celular. Todos esses fatores acima citados indicam que o estudo transcorrido acima encontrou um risco menor do que a realidade para a relação entre telefones celulares e acidentes de trânsito.

Assim fica reforçada a importância de se estudarem regulamentações naqueles países que ainda não as possuem, ao contrário de vários outros países que mesmo sem estudos estatísticos consistentes, já as implementaram através de evidências muito menos científicas dessa relação.


Leia Mais…