Apesar da resistência do governo, a comissão que estuda formas de capitalizar a Petrobras para explorar o pré-sal pode dar nova chance aos 310 mil trabalhadores que investiram na estatal, em 2000, o dinheiro do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
Segundo o presidente da Comissão, deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP), as emendas também contemplarão, mais tarde, o uso do fundo por quem não conseguiu investir nove anos atrás.
Segundo o presidente da Comissão, deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP), as emendas também contemplarão, mais tarde, o uso do fundo por quem não conseguiu investir nove anos atrás.
"O governo oferece resistência ao uso das ações. Pela lei, acionistas devem ter prioridade na capitalização. Titulares de contas do FGTS devem ter essa oportunidade. Vamos fazer esse debate", afirmou o deputado, após o seminário Pré-Sal e o Futuro do Brasil, encerrado nessa quarta-feira, em Brasília.
Desde 2000, as ações da petrolífera subiram 1.385%. Já o rendimento do Fundo de Garantia foi muito menor. Quem comprou R$ 1 mil em ações na época teria hoje R$ 14.456,94. Na conta do FGTS, o saldo renderia apenas R$ 1.624,20.
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que trabalhadores que investiram o FGTS poderão, como minoritários, aplicar em ações da Petrobras com recursos próprios.
Pré-sal e pós-sal
O ministro informou que, em dois anos, o Brasil poderá produzir todo o gás natural que consome. E que o gás associado ao petróleo do pré-sal e os investimentos em áreas do pós-sal garantirão a independência. Lobão não falou nos contratos de compra com a Bolívia, de quem o País importa 30 bilhões de metros cúbicos por mês: "importar não é de todo mal. Estamos construindo usinas em países vizinhos".
O ministro acrescentou que os leilões de áreas do pré-sal deverão ocorrer tão logo o Congresso aprove os projetos de lei, o que pode acontecer até junho.
O pagamento dos bônus de assinatura poderão antecipar receita de contratos de partilha e vão para o Fundo Social.
Fonte: O Dia
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