sábado, 28 de outubro de 2017


Reforma Protestante: 500 anos depois.

 
No dia 31 de outubro de 2017, vamos comemorar ou já teremos comemorado (a depender de quando você está lendo este texto), os 500 anos da Reforma Protestante.

 Este foi um evento que teve início na Europa e ali reverberou. Mas o seus impactos chegaram ao mundo inteiro e ecoa até os dias atuais.

A Reforma foi e é criticada, por supostamente ter dividido a cristantade. Mas fato é, que antes mesmo da Reforma, se via dentro da Igreja, movimentos de crítica ao aspecto opulento da igreja. Atribui-se a Tomás de Aquino, um episódio onde ele teria ido visitar Roma e um cardeal lhe disse, “olha agora o Papa não pode dizer não tenho prata e nem ouro”, obviamente fazendo referência a Pedro, no episódio de Atos 3. Mas Tomás de Aquino disse, “verdade a igreja não pode dizer que não tem prata ou ouro, mas também não pode dizer  levanta e anda.”

Um dos pontos chaves da Reforma foi o resgate de princípios bíblicos. Mas após 500 anos, muitos dizem que precisamos de uma outra Reforma. Todavia, um dos lemas da Reforma é “Ecclesia Reformata et Semper Reformanda est”, que significa “Igreja Reformada está Sempre se Reformando”.  Contudo , devemos ter em mente que este lema é no sentido de exatamente  se ter uma busca contínua de retorno às Escrituras. E não de mudança simplesmente.

Mas o que acontece  (ainda) na igreja nos dias atuais que levam algumas pessoas a pensarem que precisamos de uma outra Reforma? São as angústias em relação à Igreja comuns às duas épocas:
 
  • Posturas inadequadas das igrejas;
  • Desconexões com o Evangelho
  • Disfunções teológicas
  • Atuação diminuta diante da injustiça social
  • Distorções doutrinárias

Há tanto percepção como constatação por parte de muitos que muita coisa não vai bem na igreja. É inegável que boa parte da Igreja está distanciada da fidelidade à Bíblia.
O discurso é de que a Biblia é sua única regra de fé, mas a sua prática não é essa. Existe um sério problema de incoerência entre discurso e prática. A experiência e o pragmatismo permeia com facilidade na prática da cristandade.
Mas do que falar de Deus, a igreja precisa conhecer a Deus.

“O Cristianismo não é uma tese para ser defendida. É a expressão do que somos e do que fazemos. A melhor defesa é a coerência.” Burjack

“A melhor forma de celebrarmos a Reforma é nos reformarmos através da Palavra de Deus.” Jorge Noda
A questão fundamental não é uma outra Reforma, mas que a igreja cristã garanta uma máxima aderência às Escrituras,recuperando assim o que se perdeu da sua fidelidade ao original.  

Com lágrimas nos olhos, Altamir Uelington.

Um comentário:

Unknown disse...

Esse é o legado que a Reforma nos deixou, coisas simples mas que nos mantém no trilho certo. Princípios básicos que estão bem fundamentados nas Escrituras e que devem ser observados por todos os cristãos.
E cada vez que nós estivermos caminhando por caminhos tortos, ou se desviando do trilho, ou perdendo o foco, lembre-mo-nos desses 5 pontos (Sola Fide, Sola Scriptura, Sola Christus, Soli Deo Glória e Sola Gratia), volte às Escrituras Sagradas, e que toda a glória seja dada a Deus pelos séculos dos séculos.

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